quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Pastor aguarda sentença do juiz

Será anunciada na próxima semana a sentença do caso do pastor acusado de enviar drogas dentro de uma bíblia, pelos Correios, para o bispo de uma igreja evangélica em Maringá, no Noroeste do Paraná, em 2001. Na tarde de ontem ocorreu a primeira audiência do caso na 1.ª Vara Criminal da cidade. O bispo Darcy Rui Amorim, presidente da Igreja Só o Senhor é Deus, aponta o pastor Miranda Leal e a esposa dele Saline Atie Ramos como donos da droga. “Isso foi tudo uma perseguição para que ele ([Leal) retomasse a direção da igreja”, afirma Amorim.

Leal comandou a Igreja Só o Senhor é Deus por mais de 20 anos e entregou a presidência em 1999, após anunciar o fim do mundo e o arrebatamento (a volta de Jesus Cristo à Terra) para cerca de um milhão de fiéis na América do Sul. “Eles (o pastor e a esposa) negam as denúncias e o Miranda (Leal) acha que fizeram isso para incriminá-lo”, rebate o advogado de defesa, Miguel Morales. Acusados por tráfico de drogas, o pastor e a mulher não quiseram dar entrevista.

A audiência durou pouco menos de uma hora, quando os dois acusados foram ouvidos pelo juiz. Também prestaram depoimento Amorim e outros três membros da igreja. Um deles, Geraldo Aparecido Marciano, foi quem recebeu a caixa dos Correios em 21 de julho de 2001 contendo a bíblia com as páginas recortadas e no interior um tablete de maconha com 260 gramas e 18 “trouxinhas” com cocaína. A correspondência estava endereçada a Darcy Amorim.

A encomenda foi enviada de Foz do Iguaçu. A alegação do bispo da igreja, que deu queixa na polícia, é que a letra na embalagem coincidia com a da esposa de Leal. Um laudo de exame grafotécnico, comparando as letras da caixa com as dos denunciados, foi feito pelo Instituto de Criminalística do estado, em Curitiba, em 2001. O exame apontou “inúmeras convergências”, mas não foi conclusivo.


Fonte: Gazeta do Povo, on-line

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