terça-feira, 18 de março de 2008

TEMPO: como equilibrar tudo?

Se você quer ser eficaz em seu ministério, precisa aprender a administrar o seu tempo. Eclesiastes 8.6-7 diz: “Porquanto, há uma hora certa e também uma maneira certa de agir para cada situação. O sofrimento de um homem pesa muito sobre ele, visto que ninguém conhece o futuro”. O problema com seu tempo não é o relógio. O problema não é nem mesmo o tempo – mas sim, como você o usa. Ficar aborrecido com o relógio é como ficar aborrecido com a balança de seu banheiro. Não é culpa da balança se você não gosta do número que vê. Tempo é simplesmente uma medida. Então, temos que aprender como administrá-lo melhor. Todos que estão trabalhando no ministério precisam saber: “Como posso equilibrar tudo que está acontecendo em meu trabalho, com o que está acontecendo em minha casa e com o que está acontecendo na igreja?”.Ora, todos nós temos a mesma quantidade de tempo – 168 horas semanais. A pergunta é: “Como estou investindo este tempo?” Nós queremos aprender a investir o nosso tempo de forma sábia, para que não sejamos iguais ao rapaz citado em Isaías 49.4, que fala: “Tenho me afadigado sem qualquer propósito; tenho gastado minha força em vão e para nada”. Alguns de nós têm medo que este se torne o versículo de nossa vida! A passagem de Efésios 5.15-17 oferece três passos para entendermos como administrar melhor o nosso tempo: 1. Analisar o nosso estilo de vida O versículo 15: “Tenham cuidado com a maneira como vocês vivem; que não seja como insensatos, mas como sábios”. Portanto, tenha cuidado. Avalie cuidadosamente sua agenda. Com seriedade, considere a forma como vive. Esteja alerta para os “ladrões” de tempo. Não fique no escuro. Não diga: “Fico imaginando para onde foi meu tempo!” Isto não é sábio. As pessoas dizem: “Adoraria estar envolvido neste ministério em particular, mas simplesmente não tenho tempo”. Você tem a mesma quantidade de tempo que todas as outras pessoas. A questão é como você o usa. O versículo o está aconselhando a analisar seu estilo de vida. Para que possamos economizar tempo, a primeira coisa é saber como o estamos gastando. Provérbios 14.12 diz: “Há caminho que parece certo ao homem, mas no final conduz à morte”. Precisamos olhar para nossas vidas e reconhecer que algumas vezes o que pensamos ser certo é uma grande perda de tempo. Se olharmos, seriamente, para muitas das coisas que achamos que são muito boas, veremos que, simplesmente, não valem tanto. Aristóteles disse: “A vida sem avaliação não é digna de viver”. Sente-se e faça um inventário do seu tempo: “Como o gastei semana passada?” Ou, durante os próximos sete dias, mantenha um relatório de como gasta suas horas. Olhe para cada uma separadamente. Para onde seu tempo está indo? Mantendo este registro, você começará a usar melhor o seu tempo. Continua na próxima edição Rick Warren Pastor titular da Saddleback Valley Community Church, em Orange County, Califórnia, EUA. Autor do livro Uma vida com propósitos. (www.propositos.com.br)

quarta-feira, 12 de março de 2008

As cinco linguagens do amor-Isabelle Ludovico

Este livro de Gary Chapman (Editora Mundo Cristão, 1997) aponta uma das razões do desencontro entre marido e mulher. Cada um de nós fala uma linguagem emocional diferente e espera ser correspondido. Porém, geralmente escolhemos um parceiro que fala outra linguagem e também se frustra por não encontrar reciprocidade. Precisamos aprender a primeira linguagem do nosso cônjuge se quisermos que ele entenda o que estamos expressando e se sinta realmente amado. Muitas mágoas poderiam ser evitadas se tivéssemos consciência de que nosso cônjuge nos ama do seu jeito, de acordo com a linguagem que aprendeu na sua família de origem. Cada um se sente mal amado quando, na realidade, estamos apenas usando formas diferentes de expressar o nosso afeto.
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A relação amorosa se inicia geralmente com a paixão que, como afirma o provérbio, “é cega”. Somos tomados por uma emoção arrebatadora que nos leva a uma entrega intensa e incondicional. No casamento, este sentimento vai esfriando e voltamos a colocar os pés no chão. Para evoluir da paixão para o amor, precisamos aprender a linguagem um do outro. O amor consistente é uma atitude voluntária, uma escolha que requer dedicação e perseverança.
A primeira linguagem do amor é a palavra de afirmação. Elogios e palavras encorajadoras são para alguns a principal fonte de amor. O reconhecimento das nossas qualidades pode, inclusive, nos estimular a desenvolver o nosso potencial. Até um pedido expresso de forma positiva valoriza o outro, pois revela que sua contribuição é importante para nós. Enquanto a cobrança tem o efeito oposto, pois aponta a sua falha. Esta apreciação pode até ser comunicada por escrito. O importante é que seja renovada diariamente e que o outro saiba receber. Identifique, pelo menos, 15 qualidades do outro.
A segunda linguagem do amor é a presença. Isto significa tornar-se disponível para o outro, dando-lhe prioridade, e encontrar um equilíbrio entre falar e ouvir. O falante precisa condensar seus relatos e o fechado precisa aprender com o outro a compartilhar seu mundo interior. É necessário algum tempo de dedicação mútua para chegar a uma intimidade mais profunda. Os homens geralmente precisam de mais tempo de qualidade para verbalizar suas emoções. A televisão, o computador e o jornal muitas vezes recebem mais atenção do que as pessoas que amamos. Ficar perto um do outro, fazer coisas juntos, estabelecer um diálogo pessoal são algumas formas de melhorar a qualidade do tempo.
A terceira linguagem do amor é presentear. Algumas pessoas precisam de provas concretas e palpáveis para se sentirem amadas. Presentes são símbolos visuais do amor. Não precisa ser algo comprado ou caro. A arte de escolher um presente é colocar-se no lugar do outro para adivinhar o que ele gostaria de receber em vez de dar o que nos agrada. Um bilhete ou um convite para sair podem ser mais apreciados do que uma jóia.
A quarta linguagem do amor é servir. São ações concretas que visam preencher as necessidades do outro. Significa ser prestativo e disposto a ajudar. Precisamos sair dos estereótipos sobre tarefas masculinas e femininas para encontrar uma forma equilibrada de compartilhar as responsabilidades de acordo com os talentos específicos de cada um. Ações demonstram o interesse e o desejo de cooperar com o outro e contribuir para o seu bem-estar.
A quinta linguagem do amor é o toque físico. Não se trata apenas da relação sexual, mas de expressões variadas de carinho. Muitas mulheres reclamam que seus maridos só se aproximam quando desejam ter uma relação sexual. Toques amorosos precisam levar em conta as reações sensoriais do outro, pois as fontes de prazer variam de pessoa para pessoa. Respeito e sensibilidade são necessários para falar esta linguagem.
As principais queixas do cônjuge revelam qual é sua primeira linguagem do amor. Em vez de insistir em expressar amor de acordo com a nossa preferência, é melhor tentar compreender qual a necessidade que não estamos suprindo. A tragédia é ressentir-se e desistir da relação em vez de aprender a linguagem do outro, que amplia a nossa própria capacidade de amar. Desenvolver as cinco linguagens torna a relação cada vez mais prazerosa.

Fonte: Revista Enfoque

sexta-feira, 7 de março de 2008

Resgatando a Paixão pela Evangelização

“Neste ínterim, os discípulos lhe rogavam dizendo: Mestre, come. Mas ele lhes disse: uma comida tenho para comer, que vós não conheceis. Diziam então os discípulos uns aos outros: Ter-lhe-ia alguém trazido o que comer?”.Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele quem me enviou, e realizar sua obra. Não dizeis vós que ainda há 04 meses até a ceifa? Eu, porém vos digo: Erguei os vossos olhos e vêde os campos, pois já branquejam para a ceifa… “(Jo 4:31-35)”.


Realizar Sua Obra:Em Lc 4:18 Jesus nos mostra parte de sua missão quando afirma que o Espírito do Senhor estava sobre Ele e que o Senhor Deus o havia ungido.“O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor”.





Atributos e qualidades de Jesus.


1) Paixão e amor pelo Pai.


2) Paixão pela missão que o Pai lhe deu.


3) Paixão, amor e compaixão de gente!


4) Zelo e um desejo insaciável por ver a obra de Deus se realizando.


# Jesus orientou seus discípulos a Erguerem os olhos, no desejo de que enxergassem e discernissem os dias que estavam vivendo.Será que você já se deu conta da necessidade de erguer os olhos e enxergar o caos em qual o mundo se encontra mergulhado?Atitudes práticas:


1) Erga os olhos! - Saia de si mesmo veja a situação da humanidade, do seu vizinho, do seu colega de trabalho, os Campos estão brancos!


# Erga os olhos e procure enxergar a violência não só como um mal que pode atingir sua vida e família. Mas também como um problema social e espiritual extremamente grave que tem levado milhares de pessoas ao inferno.


# No Brasil 19 milhões de pessoas são analfabetas, ou seja, 12% de toda a população brasileira não sabem ler e escrever.


# Somente na grande São Paulo, 1.6 milhões de pessoas estão desempregadas. Segundo o IBGE 8,2 % da força de trabalho do país esta sem emprego. Este é o maio índice desde maio /84.


# Dos que trabalham, 50% dos mais pobres recebem 13,6% da renda, enquanto que o 1% mais rico, recebe 13,3 % ; ou seja, os mais prósperos são pelo menos 50 vezes mais ricos do que os mais pobres.


# Até pouco tempo atrás a taxa de mortalidade infantil nas crianças até 1 ano de idade era de 65 para cada grupo de 1000. Ou seja, 6,5%.


# O crescimento da violência nos grandes centros é de impressionar. A cada dia que passa os crimes cometidos por crianças e adolescentes aumenta mais e mais.


# Milhares de crianças todas as noites em nosso país vão para cama, isto é, quando a tem, de estômago vazio.


# Você sabia que mais pessoas morrem no Rj e Sp em virtude da violência do que em guerras como da Bósnia, por exemplo.


# Que milhares de crianças não atingem a vida adulta, por que bem cedo se tornam soldados do tráfico, encontrando assim a morte antes dos 20 anos de idade.


2) Anuncie a Cristo! Saia do comodismo e anuncie o Evangelho do Senhor.É absolutamente importante que não esqueçamos:


1. De que vivemos em constante conflito espiritual. Cf.: Ef 6:10-12.2. Do mandamento que Senhor Jesus nos deu de irmos por tudo mundo pregando o Evangelho do Reino. Isto é nada mais, nada menos do que o desejo de anunciar a todos os povos o evangelho da salvação eterna.


3. Que quando falta Paixão, falta compromisso.


4. Que quando há ausência de oração, há também ausência de paixão evangelística. Uma Igreja que ora é uma igreja que faz missões.


5. Que o vento de Deus sopra aonde quer. O vento de Deus sopra aonde quer, da forma que quiser. Dependência plena do Senhor!


6. Que sem intrepidez não nos será possível atingir o mundo com o evangelho da salvação. Cf. II Tm 1:6-8. Por que será que a maioria dos crentes com o passar dos anos ao invés de crescer em ousadia e paixão inversamente se calam ? Creio que isto se deva exclusivamente a aquilo que chamo de pseudo-maturidade. Deus não nos deus espírito de covardia mais de poder, de amor e moderação. O Apostolo Paulo, admoesta a Timóteo reavivar o Dom de Deus na vida dele. O verbo reavivar (anazoporo) significa fazer o fogo subir com vida.


7. Que Reino de Deus se espalha através de irmão que semeiam Generosidade com seu próxima. (A benção de dar e compartilhar!)


8. Que gente é gente! Nunca uma coisa!


* Faça mais do que tocar vidas. Sinta-as!


* Faça mais do que olhar. Enxergue!


* Faça mais do que ouvir. Ouça com compaixão!


* Faça mais do que ler. Absorva!


* Faça mais do que apenas pensar. Reflita!


* Faça mais do que falar. Diga algo!


9. Que não nos é possível colhermos frutos sem que paguemos o preço necessário , cuja a moeda principal é sofrimento, suor e lágrimas, muitas lágrimas.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Jovens Cristãos: Luz do Mundo e Sal da Terra?


O artigo abaixo foi escrito por João Paulo Marques e retirado do site Tribo Gospel. Ele releva o resultado de uma pesquisa realizada pela ONG " Radicais Livres" com jovens sobre balada, "ficar" e sexo antes do casamento. O estudo contou com a participação de escolas estaduais e particulares da cidade de Botucatu, no estado de São Paulo. Ao todo foram ouvidos aproximadamente 900 jovens, com idade média de 16 anos.
Para a análise dos dados, separamos dois grupos: Evangélicos e Não-Evangélicos, que não correspondem a Cristãos e Não- Cristãos.


Quanto a opinião dos jovens não-evangélicos, percebe-se que consideram errado:
a) Ir para a Balada - apenas 5% dos jovens;
b) Ficar apenas 8% dos jovens; e
c) Fazer Sexo no Namoro apenas 9% dos jovens. Destes 691 jovens, 77% assinalaram ser cristãos católicos.
Da opinião dos jovens evangélicos:
-50% dos jovens evangélicos acham certo ir para a Balada,
-53% acham certo Ficar
-41% concordam com sexo no namoro.

A porcentagem dos "sem opinião" também é alta (entre 26% e 31%), o que mostra, no mínimo, uma falta de convicção quanto ao certo e ao errado. Lembrando que essa foi a resposta de uma moçada com média de idade de 16 anos, sendo 64% meninas.

Será que eu estou tão por fora assim? Será que estou vendo chifre em cabeça de cavalo ou há alguma coisa de errado com a juventude cristã? Os cristãos baladeiros estão lá sendo sal e luz, chorando nas suas orações por conversão dos pecadores, ou estão lá deleitando-se no caminho dos pecadores e participando das rodas de escarnecedores?
O mundo abomina e condena os padrões cristãos de santidade, virgindade até o casamento, não embriaguez, não entrega às paixões da juventude, entre outros, enquanto, ao mesmo tempo, o ambiente social vai ficando cada dia mais pervertido moralmente. Cresce então a retaliação: você é quadrado, careta, antiquado, está perdendo sua juventude enfurnado numa religião cheia de moralismo. A nossa resposta, constatada nessa pesquisa, é que temos, na maioria das vezes, cedido às paixões, às pressões do presente século sedutor; temos nos calado, temos sido amedrontados, deixamos de ser sal, luz ou expressão de Cristo na terra.
A opinião dos jovens evangélicos sobre virgindade é chocante , pois apenas 40% consideram que ela deva ser preservada até o casamento. Pode parecer um bom resultado 46% haverem optado por preservá-la até um namoro sério, mas o que é namoro sério? Qualquer jovem apaixonada(o) está "namorando sério", e, ao término do namoro, como fica? Começa-se a namorar sério outra pessoa? Como ter certeza de que o namorado "sério" vai ser o futuro marido ou esposa? Homens de várias mulheres e mulheres de vários homens, filhos sem pais ou criados por avós, abortos, casamentos prematuros seguidos de separação, sonhos roubados por causa de momentos de prazer, jovens mães solteiras ? Quando Deus queria jovens santos para si. Será que os livros de Cântico dos Cânticos e de Eclesiastes não têm nada a dizer para essa geração de jovens? Está Deus velho e esclerosado ou nós, cegos e errados?
No grupo Não-Evangélicos a desmoralização é ainda mais extrema, pois apenas 12% dos 691 jovens pensam ser correto guardar a virgindade até o casamento, e 19% consideram esse assunto uma preocupação antiquada.

E você, caro leitor, como pensa? Ou melhor, como caminha, pois os pensamentos podem dizer "não", mas a boca e tudo mais dizerem "sim".
A espera faz parte do processo de maturação do relacionamento, como a maturação de uma fruta. Em determinados estágios do desenvolvimento reprodutivo de uma planta, ela precisa sofrer estresse hídrico (falta de água, seca), para que os açúcares se concentrem na fruta, tornando-a mais doce. A espera desenvolve o domínio próprio, é uma declaração do senhorio de Cristo sobre nós e da dependência e entrega a Deus. Esse desenvolvimento do caráter de Cristo é fundamental na formação da família cristã, é alicerce para o casamento. Plantas que, na sua formação, passam pela seca e pela poda (corte de galhos não produtivos) possuem raízes mais profundas, resistem mais às intempéries e são mais produtivas. Não somos como aqueles que fazem e desfazem e não consideram Deus. O cristão é diferente nesses aspectos, não somos "ETs", mas também não somos desse sistema independente de Deus, dos iludidos e escravizados pelo diabo em suas próprias paixões. Sobre nós há um Senhor, e à nossa frente vai uma bandeira salpicada de sangue, do amor de Deus que nos comprou e purificou. Essa maneira de pensar e viver não se trata de filosofia barata, mas de vida transbordante.

"Alegra-te, jovem, na tua mocidade,... e anda pelos caminhos do teu coração... sabe, porém, que por todas essas coisas te trará Deus a juízo" (Ec 11.9).

terça-feira, 4 de março de 2008

MARCADOS POR SITUAÇÕES OU MARCADOS POR DEUS

"E certa mulher, que havia doze anos tinha um fluxo de sangue, e muito padecera à mão de vários médicos, tendo despendido tudo quanto possuía, sem, contudo, nada aproveitar, antes, pelo contrário, indo a pior,"
Mc 5.25-26

Certo garoto foi passar férias na fazenda de um tio e, após alguns dias, viu uma cena que o chocou muito. Os empregados da fazenda marcando o gado, trazendo, assim, dor e sofrimento para os animais. Intrigado com o episódio perguntou a seu tio o porquê daquilo. Simplesmente o tio respondeu que era para todos saberem que o gado era dele. Da mesma forma as situações terríveis do mundo nos marcam de maneira semelhante para sabermos que somos dele. A mulher do texto foi marcada por uma doença que a deixou em uma situação lastimável. De igual maneira encontramos na Bíblia várias outras pessoas que foram marcadas por diversas situações, que as marcaram profundamente:1. Ana foi marcada pela esterilidade, que por sua vez, a levou a humilhação, a afronta e a uma profunda tristeza (1 Sm 1.1-19);2. A viúva de um dos profetas foi marcada pela dificuldade financeira (2 Re 4.1-7)3. Jacó foi marcado pela falha no caráter, sendo um homem enganador, mentiroso e traidor(Gn 27.1-29);4. Pedro foi marcado também pela falha no caráter que por diversas vezes falou sendo um homem temperamental, explosivo (perdia a calma com muita facilidade), como também, era dissimulado (Mt 16.22; 26.69-73 e Jo 18.10);5. Davi em dado momento da sua história foi marcado pelo pecado (2 Sm 11.1-27);6. Josué foi marcado pela perda de uma pessoa querida (Moisés) que o levou a ficar sem saber o que fazer e sem ânimo para nada (Js 1.1-9); e7. José foi marcado pela traição de seus irmãos e depois pela injustiça (Gn 37 e 39).Enquanto estivermos neste mundo passaremos por diversas situações, que podem nos marcar e, deixar-nos arrebentados, machucados, como também, cristãos sem esperança de que poderá mudar a situação. Entretanto, não devemos ficar nos lamuriando, reclamando ou murmurando de Deus. Querendo desistir e abandonar ao Senhor. Jesus sabendo dessas situações disse em Jo 16.33 "Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo."A mulher do fluxo de sangue ensina-nos algumas lições para lidarmos com as situações da vida.* Primeiro não conformar-se com a situação "e que havia padecido muito com muitos médicos, e despendido tudo quanto tinha, nada lhe aproveitando isso, antes indo a pior," (Mc 5.26). Notamos que ela tentou de tudo para ser curada da sua enfermidade. Independente da gravidade da situação não podemos nos conformar, ou seja, abaixar a cabeça para o problema e desistir de lutar.* Segundo vencer as próprias fraquezas "ouvindo falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou na sua vestimenta." (Mc 5.27). Esta mulher estava a doze anos com um fluxo de sangue, que por sua vez, a deixara fraca e debilitada. Porém, ela lutou e venceu a sua fraqueza e foi até Jesus e o tocou. Como esta mulher devemos transpor e vencer as nossas fraquezas para irmos até Jesus e sermos abençoados por Ele.* Terceiro crer que Jesus Cristo pode realizar o milagre "Porque dizia: Se tão-somente tocar nas suas vestes, sararei. (Mc 5.28). Ela ouviu falar de Jesus e acreditou que Ele poderia a curar e, não foi o que aconteceu?! Não estamos sugerindo o imediatismo, que Deus tem que fazer o que pedimos no nosso tempo. Antes, porém, temos que ir ao encontro de Jesus com a doce expectativa que Ele tem poder para mudar toda e qualquer situação pela qual possamos passar.Portanto, amados do Pai, como Deus marcou a vida das pessoas citadas acima, mudando completamente a situação delas. Temos que saber que situações difíceis podemos passar, contudo, não devemos deixá-las nos marcar e estragar a nossa vida. Mas, sim, tocar em Jesus Cristo com nossa fé, para sermos marcados por Deus com o Seu amor, paz, milagres e toda sorte de bênçãos espirituais

segunda-feira, 3 de março de 2008

Adoração na igreja evangélica contemporânea



Há dois tipos de música, a boa e a ruim — seja ela erudita, MPB, sertaneja, reggae, rap, rock ou gospel. O que me surpreende é a capacidade de o mercado absorver a música ruim. Com a proliferação de compositores, intérpretes, bandas e gravadoras, o cenário evangélico não poderia ser diferente. Tem música boa, mas também tem muita música ruim. Passamos séculos louvando a Deus com hinos históricos da Reforma. Bastava um hinário, e tínhamos músicas com letras densas, boa teologia e linha melódica harmoniosa. Nos últimos anos surgiu o que chamamos de louvorzão. Jogamos fora os hinários, a liturgia, aposentamos o piano e o coral e introduzimos a guitarra, a bateria, o data-show, as coreografias e a aeróbica. Surgiu também a figura do dirigente de louvor, responsável por animar a congregação. Daí para a frente há muito barulho, muitas palmas, muitas mãos levantadas, muitos abraços, muitas caretas e cenho franzido. Mas a pergunta que fica é: temos adoração? O lado positivo do louvorzão é o interesse e a integração na igreja de milhares de jovens. Trata-se de uma oportunidade única para ensinar estes jovens, através do exemplo e da Palavra, o caminho do discipulado de Cristo. Mas fica a pergunta: estarão estes jovens crescendo na santidade e no serviço? Alguns cultos se tornaram verdadeiras produções dignas da Broadway. Músicos profissionais, cenários, bailarinos e iluminação. Mas fica uma pergunta: toda esta parafernália cênica tem levado o povo de Deus a uma genuína adoração? A história da Igreja é rica em manifestações artísticas. Ao longo do tempo o louvor foi expresso através de várias expressões musicais. O canto gregoriano, o barroco, os hinos da Reforma, o negro espiritual e os cânticos contemporâneos deixaram sua contribuição à boa música ao longo destes últimos séculos. Trata-se, portanto, de um equívoco jogar fora toda a herança histórica e achar que esta geração descobriu a forma certa de louvar. Se olharmos do ponto de vista musical veremos que a história nos legou uma herança preciosa. Na cultura gospel do louvorzão tem muita música ruim, muita letra questionável e muito dirigente de louvor que mais parece um animador de auditório. A igreja pode ser a ponte entre as gerações, entre o antigo e o novo e integrar na adoração tudo o que há de bom na sua herança histórica. Tem muita gente cansada do louvorzão barulhento de letras rasas, de bandas que tocam no último volume, de coreografias esvoaçantes e de ordens do dirigente para abraçar o irmão da frente, de trás e do lado dizendo que o amamos. É constrangedor abraçar alguém e dizer que o amamos quando nem sequer o conhecemos. A igreja perde quando a ênfase do louvor se desloca da congregação para o palco. Com raras exceções a música é ruim, a letra não tem nada a ver com a realidade do cotidiano ou a teologia reformada e a performance no palco é apelativa. A igreja perde quando se torna parecida com um programa de auditório e já não cultiva a boa música com cordas, sopros, bons arranjos, corais, quartetos. E perde muito mais quando a adoração se torna um evento estimulado sensorialmente e não uma melodia que emerge de um coração quebrantado e temente a Deus. Adoração é sempre uma resposta humilde, alegre, reverente àquilo que Deus é e faz. Adoramos porque algo aconteceu, algo nos foi revelado, e não o contrário, como pensam alguns, que recebemos a revelação e as coisas acontecem porque adoramos. A igreja perde quando não há reverência ou temor. O que resta é euforia, excitação e sensações prazerosas. O que é bom em si mesmo, mas não é necessariamente adoração. É um equívoco pensar que Deus se impressiona com nossos cultos de domingo. Antes, ele acolhe muito mais nossos gestos simples do cotidiano, fruto de um coração humilde e quebrantado, que busca se desprender de ambições e serve ao próximo com alegria. Adoração não é um evento domingueiro bem produzido, mas um estilo de vida que glorifica ao Senhor. Durante séculos a arquitetura das igrejas e das catedrais destinou o balcão posterior ao coro, ao órgão e à orquestra. Na igreja da Reforma os músicos e o coro se posicionavam na parte da frente da nave, mas sempre ao lado. Mesmo o púlpito não estava no centro, mas ao lado. No centro havia, quando muito, alguns símbolos da fé, que ajudam a despertar a consciência para a experiência do sagrado, com destaque para a mesa do Senhor. A congregação ficava em face ao altar de Deus, sem que nada se interpusesse entre a Santa Presença e a congregação. Este lugar só pode ser ocupado por Jesus Cristo. Ele é o único mediador, ele é o único que pode dirigir o louvor. Hoje o que se vê é o apóstolo, o bispo, o pastor, o dirigente de louvor e a banda ocupando este lugar, nos levando de volta à Antiga Aliança, quando sacerdotes e levitas eram mediadores entre Deus e os homens. A conseqüência é uma geração de crentes que dependem de homens, coreografias e data-shows para adorar e para ouvir a voz de Deus. O verdadeiro pastoreio consiste em ajudar homens e mulheres a dependerem do Espírito Santo para seguirem a Cristo, que os leva ao seio do Pai. Ajudar homens e mulheres a crescerem e amadurecerem na fé, na esperança e no amor, integrando adoração, oração e leitura das Escrituras no seu cotidiano. A contextualização se tornou uma armadilha na qual a igreja caiu. Na tentativa de se identificar com o mundo ela ficou cada vez mais parecida com ele. A cultura gospel é autocentrada, materialista, acha-se dona da verdade, tornou-se uma religião que nos faz prosperar, que não nos pede para renunciar a nada e que resolve todos os nossos problemas. Há um abismo colossal entre a cultura gospel e o evangelho de Jesus Cristo, que nos chama a amar sacrificalmente o nosso próximo, a cultivar um estilo de vida simples, a integrar o sofrimento na experiência existencial e a ter a humildade de ser um eterno aprendiz. Estas reflexões já estavam fervilhando no meu coração há algum tempo. Pensei que estas coisas só aconteciam em certas igrejas, mas o que me motivou mesmo a colocá-las no papel foi ter participado de um culto numa Igreja Batista da Convenção.


• Osmar Ludovico da Silva é pastor da Igreja Evangélica Comunidade de Cristo em Cabedelo, PB. Ministra cursos de espiritualidade cristã, formação de líderes e restauração para missionários.