quarta-feira, 12 de março de 2008

As cinco linguagens do amor-Isabelle Ludovico

Este livro de Gary Chapman (Editora Mundo Cristão, 1997) aponta uma das razões do desencontro entre marido e mulher. Cada um de nós fala uma linguagem emocional diferente e espera ser correspondido. Porém, geralmente escolhemos um parceiro que fala outra linguagem e também se frustra por não encontrar reciprocidade. Precisamos aprender a primeira linguagem do nosso cônjuge se quisermos que ele entenda o que estamos expressando e se sinta realmente amado. Muitas mágoas poderiam ser evitadas se tivéssemos consciência de que nosso cônjuge nos ama do seu jeito, de acordo com a linguagem que aprendeu na sua família de origem. Cada um se sente mal amado quando, na realidade, estamos apenas usando formas diferentes de expressar o nosso afeto.
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A relação amorosa se inicia geralmente com a paixão que, como afirma o provérbio, “é cega”. Somos tomados por uma emoção arrebatadora que nos leva a uma entrega intensa e incondicional. No casamento, este sentimento vai esfriando e voltamos a colocar os pés no chão. Para evoluir da paixão para o amor, precisamos aprender a linguagem um do outro. O amor consistente é uma atitude voluntária, uma escolha que requer dedicação e perseverança.
A primeira linguagem do amor é a palavra de afirmação. Elogios e palavras encorajadoras são para alguns a principal fonte de amor. O reconhecimento das nossas qualidades pode, inclusive, nos estimular a desenvolver o nosso potencial. Até um pedido expresso de forma positiva valoriza o outro, pois revela que sua contribuição é importante para nós. Enquanto a cobrança tem o efeito oposto, pois aponta a sua falha. Esta apreciação pode até ser comunicada por escrito. O importante é que seja renovada diariamente e que o outro saiba receber. Identifique, pelo menos, 15 qualidades do outro.
A segunda linguagem do amor é a presença. Isto significa tornar-se disponível para o outro, dando-lhe prioridade, e encontrar um equilíbrio entre falar e ouvir. O falante precisa condensar seus relatos e o fechado precisa aprender com o outro a compartilhar seu mundo interior. É necessário algum tempo de dedicação mútua para chegar a uma intimidade mais profunda. Os homens geralmente precisam de mais tempo de qualidade para verbalizar suas emoções. A televisão, o computador e o jornal muitas vezes recebem mais atenção do que as pessoas que amamos. Ficar perto um do outro, fazer coisas juntos, estabelecer um diálogo pessoal são algumas formas de melhorar a qualidade do tempo.
A terceira linguagem do amor é presentear. Algumas pessoas precisam de provas concretas e palpáveis para se sentirem amadas. Presentes são símbolos visuais do amor. Não precisa ser algo comprado ou caro. A arte de escolher um presente é colocar-se no lugar do outro para adivinhar o que ele gostaria de receber em vez de dar o que nos agrada. Um bilhete ou um convite para sair podem ser mais apreciados do que uma jóia.
A quarta linguagem do amor é servir. São ações concretas que visam preencher as necessidades do outro. Significa ser prestativo e disposto a ajudar. Precisamos sair dos estereótipos sobre tarefas masculinas e femininas para encontrar uma forma equilibrada de compartilhar as responsabilidades de acordo com os talentos específicos de cada um. Ações demonstram o interesse e o desejo de cooperar com o outro e contribuir para o seu bem-estar.
A quinta linguagem do amor é o toque físico. Não se trata apenas da relação sexual, mas de expressões variadas de carinho. Muitas mulheres reclamam que seus maridos só se aproximam quando desejam ter uma relação sexual. Toques amorosos precisam levar em conta as reações sensoriais do outro, pois as fontes de prazer variam de pessoa para pessoa. Respeito e sensibilidade são necessários para falar esta linguagem.
As principais queixas do cônjuge revelam qual é sua primeira linguagem do amor. Em vez de insistir em expressar amor de acordo com a nossa preferência, é melhor tentar compreender qual a necessidade que não estamos suprindo. A tragédia é ressentir-se e desistir da relação em vez de aprender a linguagem do outro, que amplia a nossa própria capacidade de amar. Desenvolver as cinco linguagens torna a relação cada vez mais prazerosa.

Fonte: Revista Enfoque

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